O dia do Parque Natural das Berlengas, celebra-se a 3 de setembro, após a classificação com o estatuto de reserva natural pelo Decreto-Lei n.º 264/81, de 3 de setembro. Esta área foi classificada pelo seu ecossistema insular, valor biológico da área envolvente e elevado interesse botânico, em especial no que diz respeito à avifauna marinha.
As Berlengas possuem um interessante património arqueológico subaquático, fator que também pesou na classificação do arquipélago. Esta arquipélago oceânico é composto por numerosas ilhas e rochedos de contorno irregular, com encostas escarpadas, dispostas em três grupos: a Berlenga, as Estelas e os Farilhões-Forcadas.
A ilha da Berlenga é um possante bloco granítico ancorado a poucas milhas da costa, a noroeste do Cabo Carvoeiro. Considera-se que as rochas graníticas se terão formado há cerca de 280 milhões de anos, durante a formação de uma importante cadeia de montanhas – a Cadeia Varisca.
Algumas das espécies de flora presentes nesta Reserva são únicas na Terra, outras, têm distribuição muito restrita. Devido à antiguidade e isolamento da ilha e às particularidades do substrato rochoso, aquelas plantas adquiriram características que as tornam diferentes das congéneres continentais.
Do ponto de vista da fauna, destacam-se as aves marinhas que vivem do sustento de Ilha, do alimento que o mar lhes fornece, e na ilha, encontram o refúgio ideal para reprodução. Nidificam na ilha a gaivota-de-asa-escura, e a gaivota-de-patas-amarelas, cuja população atinge números tão elevados que já se tornou indispensável a intervenção humana no sentido de corrigir o efetivo da espécie para evitar a degradação do ecossistema insular.
A ilha da Berlenga Grande foi ocupada no início do século XVI por uma comunidade de frades jerónimos que aí edificou o Mosteiro da Misericórdia da Berlenga para auxílio aos náufragos.