A 26 de Novembro de 2007, a Assembleia Geral da UNESCO declarou que, a partir da sexagésima terceira sessão, o dia 20 de Fevereiro seria celebrado anualmente como Dia Mundial da Justiça Social.
Fortalecer uma transição justa para um futuro sustentável significa garantir que o nosso movimento em direção a economias de baixo carbono beneficie todos, especialmente os mais vulneráveis. Exige uma abordagem holística que combine a sustentabilidade ambiental com a justiça social, assegurando que os trabalhadores, povos indígenas e comunidades marginalizadas recebam o apoio necessário — através da requalificação, criação de empregos e medidas robustas de proteção social. Em suma, a descarbonização e a transformação económica devem andar de mãos dadas com políticas que combatam a pobreza, reduzam a desigualdade e abram oportunidades para todos.
No coração desta visão está a ideia de integrar os princípios de “transição justa” tanto nas políticas globais como nacionais. Quando esses princípios são incorporados nas agendas de desenvolvimento sustentável — como as discutidas na Segunda Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Social (WSSD2) — os decisores políticos podem criar um ambiente mais justo, onde os custos da mudança sejam partilhados de forma equitativa. Por exemplo, a formação de competências verdes direcionada, uma proteção social abrangente e a diversificação económica liderada pela comunidade podem ajudar a garantir que o declínio das indústrias de combustíveis fósseis não conduza a desemprego a longo prazo ou ao aumento da desigualdade social. Em vez disso, essas medidas redirecionam investimentos para setores verdes emergentes, construindo uma força de trabalho resiliente e uma sociedade mais equitativa.
Em última análise, fortalecer uma transição justa é repensar os nossos sistemas económicos e ambientais para priorizar as pessoas tanto quanto o planeta. É um apelo para mudar o foco de simplesmente descarbonizar para também redistribuir oportunidades e recursos, de modo que o crescimento sustentável beneficie todos. Através da ação coletiva e de políticas inclusivas, podemos criar um futuro onde a integridade ambiental e a equidade social andem de mãos dadas, formando a base de uma economia global verdadeiramente sustentável.
