O Turismo de Portugal inaugurou ontem a nova Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa (EHTL), equipada com a mais avançada tecnologia de apoio à formação, e que revitaliza o edifício histórico da antiga Escola Industrial Machado de Castro, criando assim um pólo dinâmico de atracção na zona nobre de Campo de Ourique e do Jardim da Estrela.
A nova escola, que começa a funcionar já neste ano lectivo, está equipada com tecnologia de ponta, ao nível do que de melhor se faz na Europa e no mundo na área da formação em hotelaria e turismo. As instalações, repartidas por três edifícios que ocupam uma área de 10 mil m2, contam com 15 salas para aulas teóricas, além de, na vertente prática, espaços para o ensino de técnicas de enologia e de bar, cozinhas de produção e aprendizagem, anfiteatro de cozinha equipado para os alunos acompanharem a execução das receitas, restaurante, self-service e auditório.
Além disso, este espaço foi ampliado para acolher em breve um hotel de aplicação com 15 quartos e todas as valências deste tipo de unidades. A recuperação da nova Escola, da autoria dos arquitectos Teresa Nunes da Ponte e Miguel Câncio Martins, teve em conta as melhores práticas ambientais
e alberga ainda uma biblioteca e salas para alunos e professores.
As 14 turmas de alunos da EHTL dispõem de equipamentos e técnicas modernas para confeccionarem alimentos, como os robôs de cozinha (tipo bimby) e ronners (utilizado para cozinhar alimentos em vácuo a baixa temperatura) ou paco-jet (que transforma ingredientes frescos em gelados).
Este projecto, desenvolvido pela Parque Escolar EPE, resulta de um investimento de 16 milhões de euros e permitirá a formação inicial de 500 alunos, a que se somam centenas de trabalhadores em cursos de qualificação de activos no Centro de Novas Oportunidades. Uma das particularidades da
escola será também a oferta de cursos para a comunidade em geral, possibilitando especializações em hotelaria e cozinha, em período pós-laboral.
O projecto de restauro e requalificação da antiga Escola Industrial de Lisboa, património histórico relevante ligado à formação nas áreas de construção civil e indústria metalomecânica, respeitou a notoriedade arquitectónica do edifício original, datado de 1920, mantendo a traça, a fachada e o reconhecimento da volumetria do projecto inicial.
A inauguração dá sequência ao que está estabelecido no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), que prevê uma aposta forte na modernização na área de ensino e da formação profissional da hotelaria e do turismo, considerando que os recursos humanos são um dos mais importantes activos do sector.
Para melhorar a formação das escolas, o Turismo de Portugal alterou os curricula escolares, certificando os cursos pela Êcole Hotelière de Lausanne, uma oportunidade única de internacionalização da carreira profissional aos alunos; reforçou e inseriu novas disciplinas como o ensino das línguas e informática; e investiu na formação em contexto real de trabalho (On-the-Job), ou seja, nos próprios estabelecimentos hoteleiros.
O Instituto público gere actualmente 16 escolas de Hotelaria e Turismo, sendo responsável pela formação de 3.000 alunos. Recentemente, o Turismo de Portugal apresentou dois novos projectos no norte do país – as escolas do Porto e Santa Maria da Feira, reinstalou as escolas de Viana do Castelo e de Lamego e tem em fase de elaboração os projectos das escolas de Setúbal e Portimão.
A escolha de edifícios de valor patrimonial para acolher as novas escolas permite criar, futuramente, centros de dinâmica social e utilidade cultural e adiciona prestígio aos projectos educativos.
