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Dia Mundial da Alimentação celebra-se todos os anos, desde 1981, a
16 de outubro. Nesta data do ano de 1945, foi fundada, no Quebec (Canadá), a
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Esta organização tem como missão aumentar os níveis de nutrição e a qualidade de vida, melhorar a produtividade na agricultura e as condições de vida das populações rurais. Desde a sua criação, a FAO tem trabalhado para atenuar a pobreza e a fome, promovendo o desenvolvimento agrícola, uma melhor alimentação e a segurança alimentar.
Tema deste ano para esta comemoração: Direito à alimentação para uma vida melhor e um futuro melhor.
Alimentação deve ser significado de diversidade, nutrição, acessibilidade e segurança. Uma maior diversidade de alimentos nutritivos deveria estar disponível nos nossos campos, nos nossos mercados e nas nossas mesas, para benefício de todos.
Agricultores de todo o mundo produzem alimentos suficientes para alimentar toda a população global e, contudo, a fome persiste. Até 783 milhões de pessoas enfrentam a fome devido a conflitos, repetidas situações de risco climático e crises económicas. Isto tem um impacte mais grave nos pobres e vulneráveis, muitos dos quais são famílias agrícolas, reflectindo o aumento das desigualdades entre e dentro dos países.
A alimentação é a terceira necessidade humana mais básica depois do ar e da água e, por isso, todos deveriam ter direito a uma alimentação adequada. Os direitos humanos, como o direito à alimentação, à vida e à liberdade, ao trabalho e à educação, são reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e por dois pactos internacionais juridicamente vinculativos.
Apesar da consciência que existe a nível mundial acerca da importância e do direito à alimentação, cerca de 3,1 mil milhões de pessoas no mundo – 42% – não têm condições de pagar uma dieta saudável. As dietas pouco saudáveis são a principal causa de desnutrição, que inclui a subnutrição, as deficiências de micronutrientes e a obesidade.
Esta comemoração tem o potencial de alertar para a necessidade urgente de que todos tenham não só acesso a alimentos frescos ou variados, mas também a informação necessária para escolher uma dieta saudável. Além disso, sabe-se que ao transformarmos e requalificarmos os atuais sistemas agroalimentares, temos um grande potencial para mitigar as alterações climáticas e apoiar meios de subsistência pacíficos, resilientes e inclusivos para todos.