O Turismo de Portugal inaugura uma escultura que promete ser um dos elementos centrais da presença nacional na Expo 2025 Osaka. Intitulada “A Janela”, a obra do artista português ADD FUEL, com cerca de dois metros de altura, estará patente no Pavilhão de Portugal e convida os visitantes a interagir com a peça, que funciona simultaneamente como obra de arte, espaço fotográfico e ponto de encontro simbólico e cultural entre as duas nações, unidas por laços históricos.
Com cerca de dois metros de altura e revestida a azulejos tradicionais pintados à mão pela emblemática Fábrica Viúva Lamego, esta escultura monumental conjuga tradição e modernidade, e integra elementos do universo gráfico japonês e da estética contemporânea do autor português.
Para Carlos Abade, Presidente do Turismo de Portugal, “ ‘A Janela’ representa o espírito com que Portugal se apresenta na Expo Osaka: um país aberto, que partilha as suas tradições com criatividade e inovação, valorizando o diálogo com outras culturas. Através de um património cultural que se reinventa, esta instalação convida à contemplação e a descobrir o futuro pelas cores da memória, da arte e da sustentabilidade. É um convite a experienciar Portugal com todos os sentidos.”
Para Diogo Machado, ADD Fuel, “Mais do que uma peça de azulejo escultórica, ‘A Janela’ afirma-se como um lugar simbólico entre tempos e territórios — em que tradição e invenção se entrelaçam. Cada padrão é um vestígio, uma inscrição de saberes transmitidos, e ao mesmo tempo um gesto de renovação. Não se limita a evocar imagens e simbologias culturais de ambos os paises, convoca uma arqueologia sensível em que olhar, memória e matéria se articulam numa gramática de permanência. Não mostra, revela. Não ilustra, interpela. Ao abrir-se ao outro e ao intemporal, devolve-nos à pergunta essencial do que vemos quando olhamos — e de como o visível nos transforma.”
A presença de “A Janela” em Osaka está integrada na recente campanha internacional “Portugal é Arte”, em que o Turismo de Portugal convida os viajantes a verem o país como uma galeria viva, onde o quotidiano se eleva à condição artística e cada expressão – da gastronomia ao surf, das tradições ao design – reflete uma dimensão criativa única. Assim, a “A Janela” é uma peça que convida o olhar a atravessar tempos e geografias.
Elemento icónico da cultura portuguesa, o azulejo é símbolo de criatividade e saber-fazer, e um dos mais poderosos vetores visuais da nossa identidade. Ao reinterpretá-lo de forma contemporânea e integrá-lo numa obra de arte pública num palco internacional, Portugal afirma a arte como um ativo diferenciador do turismo nacional, mostrando como a tradição pode inspirar inovação e gerar experiências memoráveis para quem nos visita.
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Sobre o artista:
ADD FUEL é o nome artístico do artista contemporâneo português Diogo Machado. Celebrado pela sua abordagem inovadora às formas de arte tradicionais, é conhecido pelos seus padrões elaborados, reinterpretações arrojadas e meticulosa atenção ao detalhe — concebendo composições com múltiplas camadas que conjugam a elegância intemporal do património cultural com uma linguagem visual contemporânea. Natural de Cascais, Portugal, o seu percurso artístico começou cedo, com uma fascinação pelo desenho e uma paixão por criar mundos imaginários. Influenciado pela estética da cultura do skate, do punk rock, do graffiti, dos videojogos e dos desenhos animados, a sua arte reflete a energia dinâmica da vida urbana, propondo também perspetivas novas e de vanguarda sobre a identidade cultural.
As suas intervenções de arte pública encontram-se espalhadas por várias cidades em Portugal, França, Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Austrália, Itália e Tunísia, entre muitos outros lugares por todo o mundo. Estas intervenções refletem sempre o seu compromisso em ligar comunidades ao seu património cultural, transformando espaços urbanos em territórios dinâmicos de interação e reflexão. As suas exposições celebram as camadas complexas e as narrativas multifacetadas do seu trabalho, convidando o público a explorar e experienciar tanto a sua beleza estética como a sua ressonância cultural.