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Conselho Estratégico para a Promoção Turística (CEPT) discutiu hoje aquelas que são as prioridades estratégias do setor para 2023 e que deverão ser adotadas na promoção do destino Portugal e dos destinos regionais. Foi consensualizada uma estratégica de crescimento do turismo em 4 eixos: crescer na internacionalização das empresas e das marcas turísticas, crescer em valor, crescer no interior e crescer na dupla transição, digital e climática.
Numa reunião presidida pelo Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, o CEPT evidenciou o início da aplicação do novo modelo de contratualização da promoção externa para o triénio 2023-2025, que vê reforçada a concertação entre públicos e privados e entre o Turismo de Portugal e as Agências Regionais de Promoção Turística, garantindo a coerência da promoção regional/nacional, a otimização de recursos financeiros e humanos e o aumento do envolvimento das empresas privadas na promoção dos territórios numa perspetiva comercial.
Umas das prioridades para 2023 é a promoção da conectividade aérea, procurando recuperar operações suspensas ou canceladas no período Covid, aumentar o load factor das operações retomadas, reforçar ou substituir operações para colmatar 'gaps' de mercado e procurar oportunidades de novas operações.
A aposta em mercados que permitam um maior crescimento em valor e na redução da sazonalidade será também uma das prioridades estratégicas a seguir neste ano, com particular enfase nos mercados maduros Reino Unido, Espanha, Alemanha e França onde se pretende reforçar a conversão em vendas. Nos mercados de crescimento e de diversificação serão reforçadas as ações de notoriedade de Portugal e dos seus destinos regionais, a par de uma atuação mais seletiva e de oportunidades. Destacam-se aqui os mercados da Suíça, Áustria ou os nórdicos.
Face a uma conjuntura económica que aponta para uma desaceleração do PIB provocada pela inflação, pela invasão da Ucrânia pela Rússia e a consequente perda de poder de compra generalizada, este será um período de desafio mas também de oportunidades, nomeadamente nos mercados de longo curso onde se registam um impacto menor em termos macroeconómicos, o que poderá sinalizar uma aceleração do processo de recuperação desses mercados, assim como um crescimento acima da média mundial – como os EUA, o Canadá e o Brasil.
Em paralelo, a promoção externa irá fomentar a oferta comercial de produtos diferenciados para segmentos mais exigentes, como é o caso do Turismo Literário, Arte Contemporânea, Arquitetura, Surf, Gastronomia e Enoturismo. Refletir as preocupações do turismo responsável, reforçar a fidelização dos turistas e captar novos clientes, e promover um portfolio de produtos comerciais com mais valor são assim prioridades identificadas
Depois de 2022 se ter afirmado como o ano de retoma da atividade turística, a superar, inclusive, vários registos pré-pandemia como é o caso dos proveitos com crescimentos de 14% quando comparado com mesmo período de 2019, o CEPT aponta agora aqueles que serão os eixos para a manutenção de uma estratégia de crescimento responsável e sustentado do setor.