O fotógrafo alemão Thomas Struth é o vencedor da edição de 2024 do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural.
Este prémio europeu reconhece a excecional contribuição de um dos maiores fotógrafos da atualidade para a promoção do património cultural e dos valores europeus. O Júri do Prémio também concedeu um Reconhecimento Especial à bailarina cipriota Ioanna Avraam, atualmente primeira-bailarina do Ballet da Ópera de Viena, pela sua contribuição para a promoção do património cultural intangível.
Thomas Struth (nascido em 1954 em Geldern, na Alemanha Ocidental) é conhecido pela sua série Museum Photographs, imagens coloridas monumentais de pessoas a admirar obras de arte em museus. As suas fotografias são caracterizadas pelas cores exuberantes e uma extrema atenção aos detalhes e, devido ao seu grande tamanho, têm um efeito hipnotizante. Reconhecido pelo seu trabalho fotográfico desde a década de 1970, Struth é movido pela ideia de que a arte deve “mostrar o que os outros não veem”.
Já Ioanna Avraam é a bailarina principal do Ballet Estatal de Viena. A sua carreira inclui diversos papéis do repertório clássico, neoclássico e contemporâneo, que interpreta recorrendo à sua extraordinária técnica, mas também à arte requintada e única que traz para a sua interpretação. É frequentemente convidada para dançar como artista convidada em muitos países da Europa e de outros continentes, tornando-se assim uma exemplar embaixadora do Património Cultural Europeu.
A cerimónia de atribuição do prémio decorre em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, a 21 outubro 2024 às 18h00.
O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, promovido pelo Centro Nacional de Cultura em colaboração com a Europa Nostra e o Clube Português de Imprensa, recorda a jornalista, escritora, ativista cultural e política portuguesa Helena Vaz da Silva (1939-2002), em memória e reconhecimento da sua notável contribuição para a divulgação do património cultural e dos ideais europeus. É atribuído anualmente, desde 2013, a um cidadão europeu cuja carreira se tenha distinguido por atividades de difusão, defesa e promoção do património cultural da Europa, em particular através de obras literárias ou musicais, reportagens, artigos, crónicas, fotografias, cartoons, documentários, filmes e programas de rádio e/ou televisão. O Prémio conta com os apoios dos Ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Turismo de Portugal.
Os galardoados do prémio em edições anteriores foram: Jorge Chaminé, Presidente do Centro Europeu da Música (2023), a maestra ucraniana Oksana Lyniv (2022), a coreógrafa de dança contemporânea belga Anne Teresa De Keersmaeker (2021), o poeta português e bibliotecário da Biblioteca do Vaticano José Tolentino Mendonça (2020), a física italiana Fabiola Gianotti (2019), a historiadora e locutora britânica Bettany Hughes (2018), o cineasta alemão Wim Wenders (2017), o cartoonista editorial francês Jean Plantureux, conhecido como Plantu, e o filósofo português Eduardo Lourenço (ex aequo, 2016), o músico e maestro espanhol Jordi Savall (2015), o escritor turco e Prémio Nobel Orhan Pamuk (2014) e, finalmente, o escritor italiano Claudio Magris (2013).