A atvidade turística volta a destacar-se como um dos pilares da economia portuguesa, segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na mais recente edição da
Conta Satélite do Turismo (CST).
Num contexto em que a economia nacional cresceu 6,4% em termos nominais, os principais indicadores do setor turístico evidenciaram um desempenho ligeiramente superior. O Valor Acrescentado Bruto gerado pelo Turismo (VABGT) e o Consumo do Turismo no Território Económico (CTTE) aumentaram ambos 6,5% face ao ano anterior.
O CTTE manteve o valor recorde de
16,6% do PIB, alcançado pela primeira vez em 2023, e ascendeu a 47,2 mil milhões de euros. Já o VABGT atingiu os 20,1 mil milhões de euros, o que representa 8,1% do VAB nacional — também um valor máximo em termos absolutos. Estes resultados confirmam a continuidade da trajetória de crescimento do turismo, mantendo-se como um dos setores com maior relevância estrutural na economia portuguesa.
Por outro lado, para além dos efeitos diretos, o impacte do turismo estende-se a diversas atividades da cadeia de valor. Utilizando o modelo de matrizes input-output, o INE estima que o contributo total da atividade turística — incluindo efeitos diretos, indiretos e induzidos — tenha atingido os 34 mil milhões de euros em 2024, equivalendo a 11,9% do PIB e a 11,5% do VAB nacional, demonstrando o peso transversal do setor.
Em termos reais, o crescimento do PIB situou-se em 1,9%, com o turismo a representar 0,3 pontos percentuais desta variação, revelando a sua importância não apenas no plano nominal, mas também em volume.
(2023 – dados provisórios; 2024 – dados preliminares)